sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

CHEGAMOS!!! (sera?)

(desculpa a falta de pontuaçao e acentuaçao adequadas, mas nao estamos em um teclado brasileiro!)


Putaqueopariu!


É o mìnimo que se pode dizer sobre nossa chegada em Barcelona...

Tudo o que podia dar alguma zica, deu. Primeiro, tivemos um problema gigante que tivemos de contornar para conseguirmos comprar a passagem. Finalmente, conseguimos - menos de 24h antes do embarque.

Ok.

Como o estresse nao foi o suficiente, no dia seguinte, a pessoa que tinha combinado comigo de me levar para a casa do Gui para de là seguirmos pro aeroporto, simplesmente me deu bolo. Ate conseguir outro carro pra me levar, là se foram uns 40 minutos. Ainda bem que estàvamos adiantados e cheguei com tempo na casa do Gui. Consequentemente, nao houve atraso de nossa parte para o embarque.

Ok.

Entramos no aviao. Voo da TAM. Tenho medo de voar e o Gui nunca tinha voado. Pratcamiente pânico mal contido da minha parte durante decolagem, aterrissagem e as vàrias turbulências. O Gui, surpresamente, adorou voar e curtiu tanto a viagem que se emocionou bastante com a visao do mundo de cima. Depois ele conta com mais detalhes. O lanchinho era bacana: sanduìche de blanquet de peru com cenoura e mais alguma coisa que esqueci. Pedimos o suco de laranja com gominhos da Minute Maid. Horrìvel. Nao recomendo.

Ok.

Descemos em Guarulhos, SP, às 14:40h. Enfrentamos TRÊS HORAS na fila de check-in da Iberia. Nosso pròximo vôo sairia às 22h, jà com meia hora de atraso (claro!). Comemos rapidao no McDonalds (a coisa mais barata que a gente jà sabia o gosto), custamos a achar algum telefone funcionando para falar com nossos parentes e corremos para a sala de embarque. Descobrimos que o vôo direto para Barcelona nao significava realmente um vôo DIRETO, pois terìamos de descer em Madrid às 10:30h do dia seguinte para entrarmos no vôo de 11:30h para Barcelona. Guarulhos estava lotado. Tivemos de nos sentar no chao por falta de espaço na sala de embarque.

Ok.

Entramos no onibuzinho que nos levou atè o aviao da Iberia. Uau! O aviao sao outros quinhentos: lindao, enorme, bem mais confortàvel que o da TAM e o melhor è que ninguem ficaria ao nosso lado, pois conseguimos um lugar bacana na frente na fileira de duas poltronas. Eba! Nossos momentos de azar, falta de sorte e zicas acabaram! O vôo foi perfeito, o aviao mal balançava e conseguimos dormir bastante. Hora do jantar. A aeromoça (super grosseira) oferece duas opçoes: frango com batatas ou penne ao molho sugo. Para acompanhar, pao. Tinha pao â vontade. Como eu jà sabia dessa coisa da cultura espanhola de comer tudo com pao, nao liguei. O que mais me incomodou na comida foram a falta de tempero e a falta de gosto algum. Parece que tudo foi feito com a mesma receita, que depois foi jogada em uma forma e saìram os formatos de macarrao, de frango, de salada, etc. Pedimos refrigerante e sentimos falta do arroz. Dormimos. Là pelas 2 da madrugada começou uma turbulência pesada, mas o Gui tava dormindo tao pesado que nao sentiu. Eu tb deixei pra là e consegui dormir. De manha, a coisa mais linda foi ver o sol nascer abaixo das nuvens e vir subindo, subindo... O frio era tao grande que congelou todo o ar do lado de fora da janela, que estava cheio de floquinhos de gelo. Serviram o cafè da manha, aos moldes do jantar: tudo com o mesmo gosto. Com uma diferença: nao tinha pao! Como assim tem pao no jantar e nao tem pao no cafè da manha?
Chegamos exatamente na hora combinada, porèm, uma fila E-NOR-ME no controle de bagagem (aquele raio-x), fez com que quase, por pouco, nao perdêssemos nosso vôo para Barça. Jà estavam anunciando "Sr. Neves e Sra. Pessoa" no alto falante quando chegamos ao portao de embarque. Entramos correndo. Èramos os ùltimos MESMO. Na pressa, a moça do balcao nao me devolveu os tickets que estavam colados no canhoto do bilhete. Ia dar merda.

Ok.
Chegamos em Barcelona! Uhhul! Tudo lindo tudo fantàstico. Nao sabìamos quantos brasileiros estavam com a gente para passar no controle de imigraçao, pois o voo de conexao que pegamos tava seguindo o da American Airlines, ou seja, americanos têm passe-livre onde quer que vao. Fizemos como nos foi dito: nao ficamos nem no inìcio nem no fim da fila. Como eram poucos cidadaos da Uniao Europèia, os policiais que estavam là se dividiram para atender os estrangeiros. Um dos polìcias escolheu o Gui no meio da multidao para atender. E fomos. chegamos no guichê, entregamos os passaportes. Ele conferiu as fotos, fechou os passaportes e nos perguntoui se estàvamos a passeio. Respondemos que sim e, quando indagados, dissemos que ìamos ficar em casa de parentes. ele perguntou a clàssica coisa do ·quantos euros estàvamos levando·. Dissemos a quantia, mostramos, mostramos os cartoes de crèdito. Ele disse pera nos sentarmos nas cadeirinhas là e esperarmos pq iria conversar com a gente assim que terminasse de atender as outras pessoas.

Semi-pânico.

Digo ·semi· porque nao tìnhamos mesmo nada a dever. Nao estàvamos mentindo, nao irìamos là para trabalhar nem nada, sò passeio mesmo. Esperamos. Ele nos chamou de novo, mostramos a còpia da papelada da minha mae, jà que ela tem visto de trabalho e residência e etc aqui em Barça. Ele mandou esperarmos mais um pouco.

Semi-pânico ao quadrado.

Chegam mais dois policiais e pedem para que os acompanhemos. Quando achamos que estava tudo mais ou menos certo, eles nos colocam em um CAMBURAO!! Verdade, juro. E nao foi no banco de tràs do camburao, nao... Foi na gaiolinha, atràs, como dois presos. Minha reaçao na hora foi virar pro Gui e falar: "FUDEU!".

Mas mantemos a calma. Nos levaram para outra parte do aeroporto e apòs vàrias horas de nossos passaportes apreendidos e sem sabermos qual seria nosso destino, o delegado (ou equivalente) nos chamou na sala, nos perguntou mais algumas coisas e, quando achamos que estava tudo perdido e que serìamos mandado de volta pra casa, ele nos liberou! UUFAA!!! O pior è que NENHUM outro estrangeiro estava là apreendido tb. Sò nòs dois! Quinze mil àrabes de turbante e mulheres de burca passaram por là. Duzento e cinquenta porto-riquenhos. Quatrocentos e setenta e sete africanos. E apenas nòs dois, brasileiros, fomos barrados. Ah nem.

Ok.

Fomos soltos, com permissao para entrarmos no paìs.

Ok. Mas.... e nossas bagagens?

Nessa altura do campeonato, minha mae, que estava là nos esperando, jà devia estar arrancando o cabelo do ** com a unha, como ela costuma dizer. Norminha devis estar desesperada, pois prometemos que ligarìamos assim que pisàssemos em Barcelona. E a bagagem a gente nao fazia a menos idèia de onde estava.

Ok.

Primeiro eu quis ir atè a saìda ver se minha mae estava là. Percebi que tìnhamos sido levados para o lado A do aeroporto, e tinha sido combinado o labo B. Logo, minha mae devia estar me esperando no lado B. Saìmos mesmo assim e, como que por uma ilunimaçao divina, minha mae tinha ido pra là - desesperada - tentar saber se havìamos nos perdido, se os policiais haviam nos prendido ou algo assim. Quando a vi e disse "Mae!", ela abriu o bocao a chorar. Contei tudo por alto.

Ok.

A batalha pela bagagem começaria. Nao tìnhamos o ticket, pois, como eu disse, na pressa do embarque em Madrid, a moça nao me devolveu e nem deu tempo de voltar là correndo para pegar. Sò nessa brincadeira jà foram outras duas horas entre o balcao da Iberia, a seçao de bagagens extraviadas e a procura pelas malas nas esteiras perdidas no limbo do desembarque.

Achamos, finalmente! Minha irma jà estava vomitando de nervoso.

Ok.

Na saìda, como nao podia deixar de ser, a guardinha da porta me pede para abrir a mala maior para que ela reviste. Sem entender a razao, eu faço. Ela revira todas as minhas roupas, pega os pacotes de miojo que eu trouxe para minha irma, meus cremes e outras coisas pra passar no raio-x e ver se nao hà drogas. MEODEOS!!!!!!

Saindo dali, pegamos os carrinhos com as malas e fomos correndo para o carro, loucos para deixar aquele aeroporto de pessoas que adoram humilhar gente de paìses de terceiro mundo.


Essa història toda està contada por alto, sò para dar uma idèia de como o preconceito de cor, etnia, credo e tudo o mais è forte em alguns lugares. Em conversa em um restaurante, depois, desconfiamos que isso tudo aconteceu porque tenho traços negros e o Gui tem um ar meio de Vasco. Como tinham vàrios cartazes de procurados do ETA espalhados pelo aeroporto, pode ter sido algo nesse sentido.

Mas sei là.

Bem. Chegamos. Estamos aqui, exaustos. Jà demos uma voltinha nos arredores da casa de minha mae e è tudo muito lindo. Tà absurdamente frio aqui. O cansaço nao nos permitiu fazer mais nada. o Gui capotou aqui do meu lado e meus olhos estao pesados e quase fechando.

Com certeza devemos postar mais coisas amanha, entao, voltem aqui para saberem mais.

Atè logo!

4 Comments:

Lipa said...

Que loucura! LOL
Aqui é um pouquinho diferente :P
Ainda bem que chegaram são e salvos!
Quero ver-vos! ok?! lol
Se passares por aqui e quiseres que eu vá ter contigo, é melhor contactares-me antes, para o meu telemovel (acho que já tens o meu numero né?) para combinarmos ok?!
Beijos e aproveita bem!

Unknown said...

Suelen, socorro meu Deus!
eu tbm fui parada pela políca no metrô de Nova York e tava hiper atrasada pra chegar no aeroporto e pegar o avião...
continua postando aqui viu.. o blog tá nos meus favoritos e vou vir sempre checar como estão vcs dois! bjos pra vc e pro rodo e aproveita o frio pq esse calor aqui tá uma *****!

Unknown said...

Caraca!! Ow, que bom que vocês chegaram inteiros! Apesar do choque que deve ter sido e das presepagens do aeroporto, o importante é que tudo correu bem durante a viagem e vocês já estão aí! O passeio no camburão que deve ter sido pank!! Nú! Tava imaginando aqui... Galera, fiquem com Deus, aproveitem bastante, tirem uma porrada de fotos e conheçam esse novo velho mundo daí!! Beijão para vocês!

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Felipe Ávila

Flávia Denise de Magalhães said...

Puta que o pariu!!
Que história mais maluca!

Sério, cada um que sai do Brasil me conta um absurso desses... Acho q vou morrer sem voltar a viajar..

Mas que bom que vcs chegaram bem! Adorei o blog! Continuem atualizando, é bom ter notícias

divirtam-se!